segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

De lavabo a banheiro: pequenos lares, grandes idéias.

Carol, uma amiga que casa logo menos, está enlouquecida buscando um cantinho aconchegante para chamar de lar. Nessas buscas loucas viu, obviamente, muita coisa tosca, muita coisa feia, muita coisa linda porém cara, mas também muitas idéias bacanas. Uma delas ela resolveu enviar para o Reformeiras.

Visitou um apê de apenas 65m2 que tinha (pasmem) 2 banheiros. Como?

Bom, segundo a Carol a idéia não foi dos moradores, mas sim de um decorador. Independente disso vale a pena dilvulgar pois salva a pele de muitas famílias um pouco mais numerosas que vivem em "apertamentos" reduzidos. O tal apê que a Carol visitou tinha um banheiro e um lavabo. A família queria porque queria um suíte, então resolveu virar o banheiro da casa para o quarto do casal. Até aí tudo bem, mas e aí? Ficar sem um banheiro comum para uso de visitas e tal é um pouco complicado, né?! Mas é para isso que servem os decoradores, para dar idéias que depois paracem óbvias mas que você nunca teria pensado sozinho.

O caso do lavabo foi resolvido da seguinte forma: tiraram a pia do lavabo e ela deu lugar o box. E onde foi parar a pia? Do lado de fora, em uma espécie de hall. Como isto é ao lado da sala de jantar ficou bem apropriado já que imagina-se que as pessoas lavem as mãos antes das refeições.

Arquivo pessoal da futura Sra. Gerra com o reflexo no espelho de alguém que não me parece o Guerra. Caroool???? Pode se explicar?

Aí você pode dizer: "Dãaaaah!! Já vi isso em vários restaurantes e baladinhas por aí", mas juro, não ficou nada impessoal, pelo contrário, ficou super estiloso e parece que a parede vermelha nasceu para morar ali ao lado da mesa de jantar, não? E as pastilhas na bancada da pia... (só pra fazer inveja ao meu banheiro tosquinho). Uma ótima opção às convencionais pedras e com muito mais estilo. Cabe perfeitamente ao clima sala, lugar no qual o granito daria gritos de "socorro, o que façco aqui?".

Arquivo pessoal Carol.

Achei um lar com muita identidade. Decoração simples e com boas idéias para o melhor aproveitamento do espaço. Tem uns outros truquezinhos além do banheiro. Prestem atenção à parede ao lado da TV. Foi colocada uma porta de correr dessas chiquérrimas que tranformou o segundo quarto do apê em um quarto reversível. Ótima idéia para casais sem filhos não? Amplia o espaço e fica um arraso. Bom, mas isso é assunto para um novo post. Aliás, a família De Angelis deu um up no apê antigo seguindo esta mesma proposta da porta de correr. Vamos esperar um membro da família mandar umas fotos.

Boa semana e... que ela passe logo para o Carnaval dar as caras.

Desabafo da Reformell: Meu banheiro me dá gastura.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Do-It-Yourself: Pintando paredes


Várias pessoas que eu conheço arregalam os olhos quando eu conto que eu mesma quem pintei minha casa. E se espantam mais ainda quando eu conto que na minha família sempre fizemos assim. Me lembro de ficar empolgadona quando meu pai anunciava pintura nova. Tudo bem, no fundo eu ficava com preguiça de terminar minha parte e fazia a maior meleca pela casa, mas eu me divertia muito.
É ÓBVIO que pintores profissionais fazem um trabalho muito melhor do que o meu. E também não me atrevo a passar massa corrida, igualar parede, fazer textura. Para isso eu contrataria um profissional. Isto é apenas um incentivo para você que, assim como eu, tem o orçamento enxuto e gosta dar um up nas cores da sua casa sem gastar muito.
Reuni aqui alguns princípios básicos, a maioria deles aprendidos com anos de experiência como assistente de pintura júnior do Reformacgyver, (ou seja, meu pai!) Me desculpem pelo post gigantesco, mas as pessoas sempre me perguntam como eu faço, então acho que um "guia completo" ajuda bastante.
 Material necessário:
 - tinta nas cores escolhidas (lógico!): faça o cálculo antes de quanto vai precisar (use a calculadora dos sites de fabricantes de tinta).
-  pincéis: normalmente um rolinho pequeno de espuma, um rolinho grande de lã e um pincel de cerdas chanfrado tamanho pequeno/médio dão conta do serviço. Existem vários outros tipos, mas dá prá ficar sem eles.
-  bandejinha de plástico
- pedaço de madeira
- solvente/água raz: para limpar a meleca que você vai fazer na sua casa
- jornal e lençois velhos: para cobrir o chão e os móveis da sua casa e tentar evitar a supramencionada meleca
- fita crepe: para delimitar as áreas de pintura (quanto mais grossa, melhor!)
- escada
- aparelho de som/ipod ou qualquer outra coisa com playlist animado: nada pior do que pintura em silêncio!

Tudo comprado/arrumado, coloque sua roupa mais velha e mãos à obra:

Em primeiro lugar, limpe a parede e tire todos os vestígios de gordura ou qualquer outra coisa que possam causar algum relevo, e espalhe o jornal/lençois pelos locais necessários. Pegue a fita crepe e passe, com calma, no teto, paredes laterais e rodapés que fazem divisa com o lugar que você vai pintar, bem como batedores de porta e janelas. Você tem que tomar muito cuidado para ficar bem retinho.
 Misture a tinta, dentro da lata mesmo, com o pedaço de madeira (hoje em dia quase não se vende mais aquelas tintas que precisam diluir em solvente, então seja prática e já compre a que não precisa). Jogue um pouco da tinta na bandejinha e pode começar a pintar! Lembre-se de não colocar muita tinta no rolo/pincel e de não apertar o rolo com força: vai escorrer na parede. Além disso, pinte sempre na mesma direção.
(Acho que todo mundo sabe dessa parte, mas não custa informar: use o rolo de lã para a parte maior, o de espuminha para locais menores,  e o de cerdas para pintar a parte mais próxima das divisas)
 Espere umas duas horas, pelo menos, para passar outra demão de tinta. Para tirar as fitas crepes, espere de um dia para o outro. Depois de acabada a lambança, limpe seus pincéis, bandejinha ou qualquer outra coisa que você sujar com o solvente.
 Outras diquinhas úteis:
 - Caso você queira pintar paredes vizinhas com cores diferentes, infelizmente você vai ter que esperar 1 dia para tirar a fita crepe para então passar a fita em volta da segunda parede e pintá-la. Eu só deixo uma faixinha perto da divisão para pintar no segundo dia.
 - Eleja uma paleta de cores ANTES de ir comprar as tintas. Na loja, você define só o tom exato. Isso evita que você compre uma cor que você achou linda no mostruário, mas não combina com nenhum dos seus móveis/outras paredes.
 - Na loja, não compre só tinta branca + tingimentos coloridos. Não fica bom, além de você nunca conseguir chegar no tom exato de novo na hora de misturar mais tinta. Experiência de quem, uns 10 anos atrás, queria um quarto lilás modernoso e acabou com um quarto rosa bebê bem bleca.
- Existem vários tipos de tinta. Eu prefiro as com acabamento acetinado ou fosco, em detrimento das com acabamento brilhante.
 - Compre tinta sem cheiro. A diferença de preço para a tinta comum é de 1 ou 2 reais por lata pequena e o benefício é grande.
 - Depois de tirar a fita crepe, no dia seguinte, eu sempre pego um pincel bem fino, desses de aula de Artes da escola, e passo com um pingo de tinta nas divisas para pintar partes minúsculas que o pincel não pegou, ou arrumar falhas causadas por falta de atenção na hora de colocar a fita.
 - Anote a marca e as cores das tintas que você comprou e não perca o papel. Acredite, parece precaução demais, mas você pode precisar dessa anotação depois. Eu tenho uma folha grampeada no memorial descritivo do meu apto na qual eu coloco tudo o que eu compro prá casa (piso, cor de tinta, padrão do tecido da poltrona...tudo!) prá ficar "na mão" caso eu precise repor/trocar etc.
 - Não faça nada disso à noite. Nosso olhar e senso crítico estão bem menos aguçados e a iluminação artificial não ajuda. Já fiz a besteira de pintar uma meia parede da minha cozinha às 22h00 e ficou uma droga, toda manchada. Ainda não tive saco para pintar de novo (no fundo, to com esperança de colocar um papel de parede bacana por cima!)
 - Convoque sua família e amigos próximos prá te ajudar, principalmente se você for pintar muitos cômodos. Vai bem mais rápido e mais animado.

Beijos, e até mais!!!!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Polvo!

Reflexo de Reforminha finalizando o polvo. Fonte: Arquivo pessoal

Dia desses fiz um programa muito legal:  recebi alguns amigos muito queridos aqui em casa (na verdade, no salão Gourmet do prédio!) e fizemos um almoço, no estilo “todo mundo bota a mão na massa” que foi muito gostoso. É o tipo de programação que recomendo prá todo mundo!
Nessas, resolvi ir contra alguns dos meus próprios conselhos para comemorações domésticas (lembram deles? aqui!) e testei uma receita nova e apimentada.  Sinceramente, até eu me surpreendi que deu certo!
Bom, eu fiz ceviches! O que é isso? É um prato de origem peruana, que consiste basicamente em peixe cru que cozinha no limão, com temperos e especiarias. Até aí, tudo bem, já tinha feito ceviche de peixe antes. Mas resolvi me arriscar e fazer, além do tradicional, um ceviche de polvo! Nem preciso mencionar que, apesar de eu amar cozinhar, eu nunca tinha chegado perto disso na vida.
Encontrei uma receita bacana e comecei dar um Google em “como cozinhar um polvo”. O que eu achei foi um milhão de informações desencontradas, cada uma dizendo uma coisa diferente – inclusive instruções nada absurdas como “pegue o polvo pela cabeça e espanque-o na pia”...#NOT!
Então, aqui segue um resumo básico do que eu fiz e deu certo (modéstia à parte, não sobrou nenhum ceviche prá contar a história).
1- Compre o polvo congelado e de boa procedência. O porquê:  polvo é uma carne fibrosa, e se você simplesmente coloca na panela, fica duro como pedra! O congelamento quebra as fibras. Isso vai evitar que você tenha que seguir aqueles passos malucos de “surrar o polvo na pia” ou “dar uma sova”, que aparentemente também servem para isso. E deixe descongelar em temperatura ambiente, nada de usar microondas!
(obs: por garantia, depois que descongelou, dei umas batidinhas de leve com meu martelinho de carne, mas sinceramente não acho que fez diferença)
2- Não coloque sal na água em que você vai cozinhar. Não sei o motivo exato, mas pelo que li ele fica borrachudo.
3 –Lave o polvo inúmeras vezes, antes e depois do cozimento. Tem que ser muito meticuloso, prá tirar restinhos de areias das ventosas e as gosmas que ficam nele.
4 – Não se espante se o polvo cru não tem aquela cor rosadinha que você vê no restaurante: ele é marrom acinzentado, e bem feio, prá ser sincera, mas assim que você o coloca na água ele fica rosa.
5- Para colocar o polvo na água (já fervendo), segure-o pela cabeça, e inicialmente só coloque os tentáculos na água, e tire imediatamente. Não fique apavorado se os tentáculos se enrolarem, porque isso é normal. Repita o processo pelo menos umas 4 vezes, prá só depois colocar o polvo inteiro na panela.
6- Corte a cabeça do polvo fora. Não li isso em nenhum lugar, mas sinceramente a cabeça não tem cara de muito aproveitável. Eu acabei cozinhando o bichinho com cabeça e tudo e cortei fora depois. Como fiz isso, não custa repetir, tive que lavar muito bem depois prá tirar tudas as gosminhas e etc.
7- Polvos tem uma cartilagem dura bem no centro, na parte de baixo. Ela também não é aproveitável.
8 – Deixe cozinhar entre 40 a 50 minutos. E só depois de lavar bem e cortar a cabeça fora (não custa insistir!) você pode colocá-lo na sua receita!
Prá finalizar, uma foto dos meus ceviches devidamente servidos! O que está na cumbuquinha finger food é o de polvo com manjericão. O de salmão (jura?) está ao lado, acompanhado de cebolas encurtidas.
Fonte:  Arquivo pessoal.

Gostaram? Assim que tiver mais novidades culinárias, posto por aqui!
Au revoir...et bon appetit!